A desinformação acontece e já aconteceu em praticamente todas as campanhas eleitorais, seja ela proposital ou não. Mas lá em 2016, o termo FAKE NEWS ainda não era tão utilizado e as notícias falsas, imprecisas ou enganosas de forma intencional, eram classificadas como o famoso “boato”. Só nas eleições de 2018, o termo boato foi substituído por Fake News, e diversos veículos passaram a adotar essa nova nomenclatura, que já estava difundido para identificar as notícias falsas.
Pra gente entender o tamanho disso, nove entre cada dez brasileiros com acesso à internet já receberam pelo menos um conteúdo falso ou desinformação, e mais de 70% já caíram em uma fake news, já acreditaram em uma noticia falsa.
Os principais players da internet no mundo estão se mobilizando para minimizar isso, o Google por exemplo anunciou que vai investir mais de US$ 6 milhões de dólares em organizações entidades sem fins lucrativos que checam as fake news disseminadas e reportam a eles.
O Facebook por sua vez parece possuir um passo um pouco mais lento mas com muito dialogo com as autoridades dos Estados unidos, essa semana por exemplo uma ex funcionaria expôs a incapacidade e até negligencia do Facebook em impedir a disseminação das Fake News, que acontece muitas vezes usando robôs com contas falsas que compartilham e engajam as publicações trazendo assim mais credibilidade para as fake news.
Talvez devido a essa possível incapacidade de barrar com mais eficiência essas noticias o Facebook anunciou que vai pagar até US$ 120 dólares para pessoas que desativarem os perfis na rede social antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos que acontece na primeira semana de novembro.
A ação faz parte de um estudo para entender melhor o impacto do Facebook e do Instagram sobre as principais atitudes e comportamentos políticos durante a eleições.
Além disso, seria uma estratégia da plataforma após toda a polêmica durante a votação de 2016.
A desativação da conta de quem optar em participar voluntariamente do experimento é temporário e começará a partir do final de setembro. O usuário poderá receber no máximo US$ 20 dólares por semana.
A intenção dessas empresas com essas ações é sem dúvida reduzir o impacto negativo que a desinformação pode causar em um momento de decisão para o país.
- Quais são as principais formas para evitar cair em uma fake news?
- Avaliar a estrutura do texto
Um site que divulga fake news costuma apresentar erros de português, de formatação, letras em caixa alta e uso exagerado de pontuação e até endereços duvidosos.
- Leia mais que só o título e o subtítulo, pois além da fake news, temos também o clickbait que são títulos mais sensacionalistas feitos para chamar a atenção
Leia a notícia até o fim. Muitas vezes, o título e o subtítulo não condizem com o texto.
- Pesquise se a noticia saiu também em outros sites de conteúdo já conceituados
Duvide se você receber uma notícia bombástica que não esteja em outros sites de notícia.
- E só compartilhe após checar se a informação é correta
Não compartilhe conteúdo por impulso. Você é responsável pelo o que você compartilha.
2) Quais as redes sociais que mais difundem fake news?
Um dos pontos mais importantes são que fake news muitas vezes chegam até nós por pessoas próximas, e quando alguém mais próximo te envia algo, você naturalmente tem mais propensão a acreditar no conteúdo e não pesquisar mais a respeito.
Sendo assim, hoje uma das maiores médias de disseminação do fake news acaba sendo o Whatsapp, onde o conteúdo pode vir no formato de um link para uma pagina, um texto bem escrito ou até mesmo um áudio gravado por um suposto especialista.
O importante é que a gente tenha nosso senso crítico sempre aguçado para não contribuirmos e compartilharmos indevidamente um conteúdo falso.