O Superior Tribunal de Justiça ficou com seus sistemas fora do ar desde a última terça, 10 de novembro, devido a um ataque cibernético que bloqueou processos e e-mails da corte.
Segundo o STJ, os servidores foram alvo de um ransomware, um tipo de “vírus” que sequestra os arquivos e criptografa eles, possibilitando o acesso somente com uma senha.
O ataque é considerado muito sério por ministros da corte, pois impossibilita julgamentos e andamento de processos que tramitam ali. E o pior, os hackers teriam solicitado um pagamento para liberar os dados.
Vimos essa notícia girando o mundo, mas esse tipo de problema é mais comum do que imaginamos.
O Brasil é o sexto país que mais sofre com esse tipo de ataque: somente no primeiro semestre foram mais de 16 milhões de ataques, ficando atrás somente dos EUA, Reino Unido, Malásia, Canadá e Países Baixos.
Esse número pode ser maior, visto que a partir da lei LGPD as empresas precisarão obrigatoriamente reportar quando sofrem ataques digitais.
Diariamente diferentes tipos de ataques hacker atingem pessoas e empresas, onde possuem como objetivo ter acesso a arquivos em nosso celular, computador, rede social e e-mail, com o objetivo de extorquir as pessoas, geralmente pedindo alguma quantia em bitcoins.
Existem algumas práticas simples que precisamos nos atentar para evitar ou dificultar esse tipo de extorsão.
Nos serviços digitais, como e-mail e redes sociais por exemplo, todos possuem formas de autenticação de dois fatores, que é o acesso com dupla verificação, ou seja, além da senha é necessário inserir um código enviado por SMS para acessar por exemplo.
Em nossos dispositivos é importantíssimos monitorar o que trazemos para dentro dele, como por exemplo: downloads de aplicativos suspeitos, sistemas piratas em arquivos ou links enviados por e-mail, redes sociais e whatsapp, e claro, manter um antivírus tanto em seu computador quanto no celular.
Essas mensagens com o vírus são enviadas em massa, geralmente com assuntos mais genéricos que podem servir para várias pessoas. Também podem usar o e-mail e contas de pessoas próximas já infectadas, por isso temos que tomar cuidado com qualquer link ou arquivo que nos enviam.
Alguns Hacker criam redes wifi “livres” sem senha e até colocando nome similares aos locais como por exemplo, dentro de um shopping. Isso atrairia muitas pessoas, e seria como uma isca para pessoas se conectarem, assim, enquanto a pessoa navega achando que está economizando seu pacote de dados o hacker pode estar iniciando um ataque coletando informações sobre você.
No geral, não é necessário que a gente veja a internet como um grande problema e se isole disso tudo, mas é importantíssimo que a gente tenha sempre um olhar crítico, com links, arquivos, sites e conexões independente de quem seja o remetente.