O mundo caminha cada vez mais para uma consolidação do Metaverso, e diante disso a forma com que interagimos, compramos, trabalhamos e até socializamos vai mudar! Mas, para todo progresso tecnológico há um preço, ou seja, riscos e desafios irão surgir, principalmente quando falamos de privacidade de dados.
Com a vida real representada em identidades digitais a contínua coleta de informações dos usuários e o registro algorítmico de suas decisões será maior. Visto que os nossos históricos de pesquisas, desejos, posts, compras, localizações, movimentos corporais e até batimentos cardíacos serão constantemente coletados por essa tecnologia.
Diante desse cenário, o vazamento de dados assume um risco exponencialmente maior, pois o metaverso irá coletar mais informações sobre os usuários do que qualquer outra plataforma existente já conseguiu até o momento e consequentemente os perigos devem ser ainda mais preocupantes.
Isso poderá acontecer, pois, este universo digital possui um caráter descentralizado, ou seja, não há uma empresa, governo ou até mesmo uma pessoa responsável por este projeto. E isso abre espaço para hackers aplicarem seus golpes.
No metaverso, as fraudes ou phishing direcionados podem surgir de um rosto familiar, como uma avatar que se passa como seu colega de trabalho e te manda um link suspeito, ao invés de um SMS ou e-mail perigoso.
Especialistas em segurança digital ainda apontam sobre o risco de identidades serem roubadas, assim como acontece na Dark Web.
Por isso, a criação de mecanismos de segurança serão extremamente necessários.
E como o metaverso está em fase de desenvolvimento, a chance de estabelecer princípios específicos desde o início da era, podem melhorar a confiança e colaboração com os negócios.
Como proteger a privacidade de dados no metaverso?
Neste contexto, as partes interessadas no metaverso devem se antecipar para entender e desenvolver mecanismos para proteger os usuários e suas identidades digitais, através de uma comunicação clara, normas e termos de privacidade.
E a própria tecnologia aplicada no novo ambiente digital poderá ajudar na criação de novos recursos de segurança. Inclusive, algumas plataformas já estão usando este tipo de premissa, como por exemplo, o staking.
Nesse método, para acessar uma plataforma, o usuário precisa ter um determinado número de criptomoedas. E a carteira digital (wallet) que armazena estes recursos, acaba se tornando uma espécie de “identidade” , e caso ocorra alguma infração, o usuário poderá enfrentar o slashing, ou seja, uma punição e corte do acesso, onde parte das moedas poderão ser bloqueadas para fundos de mecanismos de segurança.
Outra prática comum, utilizada até o momento no metaverso, são as NFTs (Tokens não fungíveis), onde os itens são marcados como únicos, baseados em provas criptográficas. Mas, embora não haja comprovações de que este modelo de negócio seja duradouro, especialistas acreditam que uma versão mais segura e regulamentada destas tecnologias podem garantir maior privacidade de dados.
Além disso, será necessário planejar regulamentações específicas para o metaverso, garantindo a adequação desses dispositivos legais, fiscalizando as atividades, sobretudo das empresas que se beneficiam da produção de dados no metaverso, assim como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) , no caso do Brasil.
Para isto, uma cooperação internacional será de extrema importância, visto que a padronização de boas práticas, diretrizes e procedimentos garantirão uma maior privacidade e proteção de dados no cenário mundial.
Vale ressaltar também que as empresas inseridas no metaverso, também devem assumir a responsabilidade dos dados, para que assim, não cometa excessos e não viole os direitos dos usuários.
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