O termo Marketplace em tradução literal significa mercado. Na prática, ele funciona como um ambiente virtual no qual lojistas e pequenos empreendedores, das mais diferentes categorias, podem vender seus produtos na internet de forma rápida, prática e com o orçamento bem controlado, ou seja, trata-se de um shopping center online.
Esse modelo de negócio surgiu em 2012, mas nos últimos anos tem apresentado expressivo crescimento, principalmente após a pandemia que acelerou esse processo.
De acordo com uma pesquisa recente realizada em 2020 pela Ebit| Nielsen, os marketplaces cresceram 52%, em relação ao total do mercado, e somam cerca de 148 milhões de pedidos, apresentando um aumento de 38% em relação ao ano anterior.
O marketplace apresenta diversos benefícios para todos os envolvidos. O e-commerce que oferece toda a plataforma de negócio consegue lucrar através das conexões e compras realizadas. O lojista que utiliza uma estrutura moderna e ágil para atrair o consumidor e crescer o seu negócio. E os clientes que conseguem comparar preços, orçamentos, avaliações e ainda contam com uma segurança de dados muito avançada.
Atualmente, existem diversas empresas que oferecem este tipo de serviço. Alguns permitem a venda apenas para o cliente final, no entanto, outros oferecem a possibilidade de fazer transações entre CNPJs e até na modalidade de atacado.
Os principais marketplaces no Brasil são: Mercado Livre, OLX, Americanas, Submarino, Shoptime, entre outros.
Vantagens e desvantagens do marketplace
Além das vantagens descritas acima, existem outros benefícios que o Marketplace pode oferecer, principalmente, para os lojistas que desejam vender.
Listamos no quadro a seguir quais são os principais pontos positivos e negativos desse tipo de negócio, acompanhe!
Vantagens | Desvantagens |
Maior visibilidade para a loja | Dependência |
Aumento das vendas | Alta concorrência |
Excelente custo x benefício | Afeta na personalidade da marca |
Melhor posicionamento em sites de busca (SEO) | |
Diversidade de público | |
Escalabilidade | |
Maior potencial de faturamento | |
Criação de credibilidade | |
Mais opções de pagamento para os clientes | |
Plataforma segura tanto para os lojistas quanto para os consumidores | |
Auxílio na gestão das vendas e marketing |
Como funciona o marketplace?

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Para utilizar o marketplace de alguma empresa, o lojista ou empreendedor precisará criar um cadastro. Após essa etapa, estes dados irão passar por análise e caso haja aprovação ele poderá começar a cadastrar os seus produtos.
Embora, as plataformas sejam muito plurais e acessíveis, para efetuar esse registro é necessário cumprir alguns pré-requisitos básicos, tais como:
Ter CNPJ ou MEI ativo e sem restrições
Para usar estas plataformas será necessário ter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) ou MEI (Microempreendedor Individual) ativo e sem restrições. Por isso, procure verificar no site da Receita Federal se o seu cadastro está regularizado.
CNAE de varejista
A maioria dos marketplaces exige dos empreendedores a inscrição na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como varejista.
Se você tem MEI mas não está enquadrado em uma CNAE de varejista, será necessário solicitar uma nova no portal do empreendedor.
Emitir notas fiscais
Outro critério para quem deseja embarcar nessa modalidade de negócio é estar autorizado a emitir notas fiscais.
Se você ainda não tem esse acesso, provavelmente, será necessário se cadastrar na Junta Comercial do seu Estado, e em alguns casos, deverá cadastrar uma assinatura digital.
Possuir capital social igual ou superior a R$ 1 mil
Algumas empresas que possuem marketplaces exigem dos lojistas um capital social com valor igual ou superior a R$ 1 mil.
Se você está inscrito no MEI com um valor abaixo desse, saiba que é possível pedir a alteração deste item pelo portal do microempreendedor.
Conta corrente empresa
E outro requisito bastante comum, é a solicitação de uma conta corrente tipo empresa para receber os pagamentos das vendas.
Vale ressaltar que não são todos os marketplaces que exigem todos estes requisitos, mas que eles aparecem com frequência, principalmente quando falamos de grandes marcas.
Após esta etapa, o empreendedor receberá uma mensagem informando sobre a aprovação para o início da parceria.
Na maioria das vezes, não será preciso pagar nenhuma taxa de cadastro ou mensalidade para começar a vender, mas isso também pode variar de acordo com a empresa escolhida.
Depois desta etapa, será necessário configurar a sua loja dentro do marketplace colocando informações básicas, como:
- Telefone de contato
- Endereço de cadastro
- Conta corrente, entre outros.
Em seguida, será preciso cadastrar todos os produtos que você deseja vender, seja de forma individual ou massiva, ou seja, por integração de plataformas de e-commerce ou ERPs compatíveis.
Por fim, as mercadorias cadastradas passaram por um processo de aprovação e poderão ser vendidas assim que o marketplace autorizar.
Vale destacar que quando o cliente realizar a compra do produto dentro do marketplace, o canal irá cobrar uma comissão sobre o valor.
Para obter todas as vantagens acima descritas, os lojistas precisam acompanhar todos os pedidos, empacotar, fixar etiquetas de envio, gerar nota fiscal e enviar o pedido ao cliente.
Atualmente, a maioria das empresas oferecem aos seus parceiros facilidades logísticas para a entrega. Antes de escolher o seu canal ideal, veja se o escolhido possui essa facilidade.
Contudo, vale ressaltar que o marketplaces podem alcançar excelentes resultados para determinados nichos. Por isso, o mais indicado pelos especialistas em comércio online é investir em um e-commerce e trabalhar com os dois canais de forma conjunta.
Se você gostou deste artigo, com certeza, vai querer conferir o nosso post sobre O que é e-commerce?
Aproveite a leitura!